
Uma tempestade num copo de água quimicamente instável.
Estou perdido na mitologia de mim mesmo, nem sei qual backstory é cânon, nem quem disparou primeiro.
Procuro entre as minhas ideias um sentido de wonderlust, mas estou demasiado perdido até pelos meus padrões, até pelo padrão do cosmos, demasiado longe de Altair, demasiado longe de Sirius, e já nem sei onde é Arcturus.
As direcções estão para lá de erradas, o mapa astral não é de confiança, mas o que eu esperava?
Que desta vez o mundo fosse simples e a transição indolor.
Uma explosão de pequenas coisas.
É assim na transição de dias, é assim sempre que penso nas minhas hipóteses.
É o pretensiosismo de dizer que não te quero.
É a interacção de regras e métodos para estar e sentir.
Não contemplo o presente, isso seria o previsível, não, sou proactivo em tempos passados, o futuro está longe de ser controlável.
Não pertence a ninguém, alguns diriam.
Pelo menos estou melhor, übermensch de trazer por casa. Está tudo melhor quem ontem, sempre melhor que há dias.
Mais estável, ma[i]s em clara decadência, seria de esperar, é sexta.
Coreógrafo retrospectivamente a nossa conversa, o meu modelo físico claramente tem falhas, algo não encaixa dentro da teoria disto, daquilo e de tudo o resto.
Quem é que raio pensa nisso?
E mais que um mero elemento desenquadrado, é parte do meu protocolo existencial, é a iluminação através de meditação extrema, maravilha de tempos passados, força que nunca esqueci.
Quem é que raio se apaixona numa sexta?
A tensão molecular tende a tornar-se sólida no meu estômago cada vez que penso em outras sextas assim.
Quem é que raio o concebe?
Há semanas que deviam ser apagadas do calendário.
Não esta.
“Não é ciência, é sentimento”
É fazer, não esperar
Tem que existir mais aí fora, não me posso reduzir a observação de mecanismos de construção de estórias, nem tentar tapar buracos no argumento
[Está frio lá fora, e pode chover através deles]