segunda-feira, 8 de março de 2010

Foda-se o amor, vamos fazer uma dístopia!


Foda-se o amor, vamos fazer uma distopia!
É uma farra de destruição incontestada. Uma orgia de negação existencial,
Acendam os fogos, este mundo teve hipótese de provar o seu valor, agora não é mais do que desolação digna da MTV, apaguem as luzes, os neons, meu deus os neons, tanta cor não é digna de seres como nós, não somos dignos de tanta luz.
Em recorrência de dores repetitivas, eliminamos uma civilização, outra começa o ciclo outra vez.
Dharma é uma roda, hoje em chamas.
É o standard da destruição de alter-egos, disseminando o poder do falhanço objectivo, e pelo menos não esquecemos os nossos nomes, ainda que as nossas caras sejam imagem perdidas, esgares de prazer de tardes mortas, tardes de segredos sangrentos, encobertas pela desilusão e por promessas que nunca será verdadeiras.
Vamos empurrar os mecanismos, pô-los em movimento, preparar as mesas para os festins do fim, o relógio está a um minuto para a meia-noite.
Foda-se o amor, o apocalipse vinha a calhar.
Julieta jurava pelo deus da sua idolatria, eu juro pela morte deste mundo.
Isto é capaz de ficar intenso, interessante assim que a civilização começar a cair, isto é capaz de ficar interessante assim que tudo começar a arder.
Down with love em tons claramente militaristas, marchas dessensibilizadas, apocalípticas, rítmicas, austeras e dissolutas, e mil outros adjectivos insignificantes. Nunca interessou muito o que teria a dizer sobre o fim, interessa o que farei depois dele.
A transição não vai ser indolor, espero que não, o sangue vai correr, uma cor carmim infestando as ruas fumarentas desta cidade condenada, mas não te preocupes, há mais de onde esse veio.
Pára agora, esta pode ser a última paragem antes do fim. Espero que sim.
E chegamos onde estivemos sempre. O único sítio onde podemos ir.
Vamos construir a Igreja das Nossas Neuroses nos escombros deste mundo.

4 comentários:

angie disse...

Tens a certeza? E o que fazias tu sem o amor?

Unknown disse...

(Sobre)vivia, talvez...As vezes nem sei o que é melhor.

lambisgóia disse...

o problema do amor é que as pessoas acham que sabem o que é o amor. mas não sabem nada.

AnCaLaGoN disse...

KILL!!!!!!!!!!!!


Eu farei a minha parte, arranjem-me uma foca e uma moca, eu esmagarei o seu crânio em honra a este novo mundo!!!!!