domingo, 1 de junho de 2008

Uma Bela Tarde

Da última vez que passei lá por casa, para uma omelete e bacalhau é que reparei nas verrugas das pernas bolorentas.
Antecipei-me a tais pensamentos, procurei outros pormenores.
Talvez aquela marca no braço...
Notava-se ao longe uns bons períodos passados nos balneários frios de um clube barato de natação com mais uns poucos homosexuais.
Quer dizer abichanados.
Tolos, cheios de manias e chiliques, uns mitras coloridos.
Não tentou sequer esconder uma paixão gradual e criou um rap com influências funk, para assim lhe dar a conhecer o que era luxúria.
Teria ela esse poder?
Dominaria ela as artes do oriente?
Porventura chantilly e frutas cristalizadas no seu corpo.
Mas só aí me lembrei da alergia a produtos lácteos, mas não foi a tempo. Ao menos as pústulas tapavam-lhe a asquerosa narina esquerda que pingava ranhoca verde esmeralda.
Porque porra estaria ele ali?
Não estaria melhor perto da lareira?
O gato concordou, mas agarrei-lhe o rabo e mandei-o calar. Agora o bicho ter juízos...
Se não lhe coçasse a barriguinha de vez em quando, já tinha emigrado.
Viajado para Sul, tipo andorinha, neste caso um albatroz ou outro pássaro atroz!
Concentra-te, assado e com caril deve ser mesmo bom. Eh pá, tenho de comprar cotonetes, que os crocodilos começam a ficar impacientes lá no átrio.
A telepatia tornava-se lixada. De qualquer maneira, evitava-os, porque receava os meus pensamentos de sexo anal com bolachas maria.
Badalhoquices no meio de gelatina, ou talvez espargos com natas...
Ah, foi uma bela tarde!

(Este é um pequeno esforço colaborativo com a minha amiga Lianor, uma odezinha ao aleatório, um joguinho dedicado a imaginação.)

3 comentários:

Unknown disse...

Concordo com o gato.


E mesmo ela a roçar em mim eu, por vezes emigro, por isso...

AnCaLaGoN disse...

God damn weirdos!!!

Inês Rosa disse...

Muito agressivo e no meio dessa aleatoriedade toda não usaram nem uma palavra bonita... Hmm, mentira: Maria e bolachas é bonito, mas depois...