domingo, 13 de abril de 2008

Ironia


A ironia deste dia era nem ser nada irónico. Furo à primeira cadeira, von voyage, bênção dos céus e a minha cama agradece.
Segunda aula, pináculo da sorte, nada para entregar, trabalho de grupo, discussão e discordar por discordar, porque sim, se não onde estaria a piada?
Sério, onde?
Almoço fortuito, visão do futuro em excesso.
Ideias, ideias e ideias…
Parece uma música dos Pixies e o riso, o riso, pá, o riso parece uma pomba a cumprimentar o dia.
Fascina-me, a cor a criar padrões, sabes, o meu guarda-fatos é tão intoleravelmente negro, por vezes, uma vez a mais do que devia.
Gosto do preto, a sério, mas essas cores são inusitadas, não queria usar esta palavra, são porreiras, é isso, é tipo o chakra da base da espinha a tilintar, vibrar e quase a ondular. Faz te lembrar alguma daquela sensação de novidade de outros tempos, intersecção de tempos paralelos num momento, de facto, roxo indistinto. Inicio, já, ali, perversão em modo cruzeiro, o entusiasmo algo subjugado a uma sobrecarga sensorial. River Euphrates, era isso, deve ser pelas variações cromáticas da guitarra…
Voz talvez?
Vejo uma orelha cheia de furos assimétricos bem engraçados, numero impar de furos, gosto disso pela manhã disse me alguém, gosto do som ao vento de Aveiro numa hora matinal, aquele zumbido agudo metálico que te acorda ainda que a tua passividade perante o falso reboliço de cidade pouco povoada.
Não que tenho muito noção de números, de quantos eram, os furos, perdi todo o tipo de noções quando os Pixies me disseram olá.

2 comentários:

AnCaLaGoN disse...

Nada como Aveiro pela manha, bem pela manha. Aquele som de vento frio e solitário que nos empurra para dentro de uma cama, para dentro de um abraço... aiii o que me revi nesta passagem... Aveiro pela manha, o vento adormecido...

Unknown disse...

Any colour you like,
as long as it's black...
Anything you want,
if you just give it back.