
Café, café, caféééééééé.
Acordo, café, nascer do sol.
Repito o ritual: Acordo, café, nascer do sol.
Glorificada cafeína, adulada a cada início. Não me lembro do dia de ontem, vícios, drogas e autodestruição…
Colo imagens roídas pelos ratos da minha mente (e aquela última cerveja). Olho em volta...porra, ia direito para o inferno, 14 anos de lascívia em mim, sou doente, não sou?
Whiskey limpa a chávena, o líquido suja-me a alma. "Mas já não a vendes-te? Não se aceitam devoluções!"
Qual é a minha cena com vermelho e negro entremeados, enleados, enclausurados em si próprios. Cresce tu, cresce ela, estagno eu e talvez, só talvez algo pudesse, num bizarro universo, vir a acontecer (estranho, estranho e estranho ainda mais).
Lembranças voltam, 3 ou 4 anos atrás, não foi assim que a minha queda inversa começou, a pensar nisto? Olhos bonitos, nada de riscas só alguns riscos, azuis, outros tempos.
Inquirições, que fazes aí? Não é por obrigação, é porque quero, é porque não sei viver de outra forma. Mudo? Gosto de mim assim, não posso chorar por ter vivido a vida desde que me destruí. Café, dá-me outro, meio deslavado, aguardente ao lado, estou desfeito de mais. Cravo um cigarro, estimulante ou calmante, não me interessa…
Sorri, caralho, sorri, não há medo que te deite abaixo, certo?
Tens o queres?
És um rei no teu castelo.
Talvez só talvez.
Uma amiga da Barbie talvez te ache graça, sóbrio.
Um cimbalino duplo, se faz favor!